sábado, 5 de junho de 2010

Um poema pra começar



Simplesmente eu mesma...


O ser que não sou, mas sendo
É o que aprendi a ser
Ser que se agregou a mim
Fazendo-me renascer

Este ser não era meu
Por isso falo que não sou
Mas se faz parte de mim,
Que lugar meu ocupou?

No vazio que deixastes
Fez companhia à solidão
Mostrou-me a força interna bruta
Que pode ter um coração

Coração doce e fraterno
Também deve saber lutar
Olhar à frente, ser corajoso
E não deixar-se enganar

Hoje sou o que não fui
E mais aquilo que era
Porque apesar de qualquer dor
Todo ser se regenera

O novo ser que hoje sou
Estou aceitando-o devagar
Ser diferente às vezes assusta
Mas essa é a lida do caminhar

Aprender a ser sempre!
Nunca esquecendo o que somos
Nunca esquecendo o que éramos
De nossos planos risonhos.

Será que filosofei demais?
“Se penso, logo sou”, e se sou logo existo
Este é o ser humano
Um ponto de interrogação infinito

Vou me perguntando sem cessar
Vou cantando entre as estrelas
Vou sendo o ser que aos poucos sou
Sendo simplesmente eu mesma.

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