quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um dia talvez

Um dia talvez eu esqueça tudo.
Quem sabe... quem sabe eu consiga esquecer
De cada palavra, de cada gesto e momento
Principalmente daqueles que me fizeram te perder.

Um dia talvez, eu apenas me lembre
De certo amor que tinha tudo perfeito
Mas que por meu medo e por sua fraqueza
Teve seu final feliz desfeito

Um dia talvez...é, talvez
Você descubra o tamanho do meu amor
E descubra também o que deixou escapar de suas mãos
Descubra o nosso erro e o tamanho da dor que nos causou.

Talvez um dia eu consiga entender
Como pode o meu amigo-amor
Não querer mais nem minha amizade,
Desprezar tudo o que a gente sonhou?

Talvez as músicas percam o sentido
Talvez as noites de chuvas não passem de noites quaisquer
Que os meus planos tão sonhados sejam apagados
Que meu coração aprenda a viver como o mundo quer

Talvez as promessas consigam ser quebradas
Talvez minhas lembranças não me torturem mais
Talvez o meu sorriso esqueça o quanto te era especial
Que eu consiga entender porque o conto de fada sempre se desfaz

Talvez...talvez meu amor
Talvez eu realmente te tire da memória
Forças eu não possuo mais para colocar mais dois pontos
Ao lado do ponto final que colocastes tão friamente em nossa história.


Simplesmente: Aída em 09/05/2008 -17h42.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Confissão


Vou te contar um segredo.
Presta atenção no que digo
Pois para ouvir meu desvelo
Precisas sentir-me contigo.

Chega mais perto e me ouve
Aproxima-te até me tocar
Abra tua alma e escuta
A minh’alma também te falar.

É muito simples o que tenho
A dizer-te sem muita demora
Sei que no fundo já sabes
Mas já te falo agora

Primeiro abraça-me ternamente
E neste encanto me sente
Sente a voz que vem de dentro
Do peito que quer falar livremente

Prepara-te, vou te contar
O que há muito queria dizer-te:
Começou de repente esse amor
Que meu coração por ti sente.

Não desejo a mesma confissão
Só desejava revelar-te
Queria que soubesses de mim mesma
Que pra sempre vou amar-te

Pois eterno sempre é o amor
Que nasce da sutileza
Da entrega sem sofrimento,
Da amizade e da beleza.

Amo-te infinitamente!
Vivo plena de totalidade
E assim eu seguirei amado amigo,
Amando-te por toda eternidade.

Simplesmente eu mesma 19.11.10 às 09h38.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Compreensão


Somente o vento pode me entender
Ele caminha por longos caminhos
Onde minha alma também andarilha
Se perde e se encontra em cada amanhecer

Somente os sonhos podem me entender
Eles viajam além do desejo
Passeiam por flores e espinhos
Por folhas, areias e pedras

Somente as rosas podem me entender
Elas exalam mais do que a si mesmas
Exalam a alma da parte e do todo
Do uno e do particular

Somente os pássaros podem me entender
Cantando a canção do próprio viver
Partilham comida, abrigo e carinho
Partilham comida, abrigo e amor.

Somente você pode me entender
Pois sente minhas dores e angústias
E sorrir das fraquezas do existir
Lembrando que a vida é tudo antes de morrer.

Simplesmente eu mesma... Em:07.07.10 às 00:50

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Epitáfio




E eu fico pensando...
Quando eu também não existir
Não queria que as lágrimas molhassem os rostos daqueles que amo.
Queria simplesmente um sorriso de cada coração que me ama.
Mas assim não é e nunca será...
A perda sempre traz dor.
A perda sempre traz lágrimas
A perda sempre traz medo...
Medo de nunca mais ter aquele abraço terno e apertado,
Aquela risada doce e gostosa
Ou aquele olhar de coragem e apoio.

Também tenho medo
Da perda, da dor e do próprio medo.
Não queria perder mais nada nessa vida...
Mas vejo meus amigos indo embora
E sabe qual é a maior dor?

A da impotência diante dos fatos.
A minha fraqueza diante da vida que tem seus próprios rumos
A minha covardia diante da impunidade
O meu silêncio...tendo no peito um grito agudo.

E eu fico pensando...
Quando eu também não mais existir
Queria somente que minhas lembranças trouxessem paz para aqueles que amo,
Tendo a certeza que a missão foi cumprida
Podendo voltar livremente para os braços Daquele que me enviou.

Simplesmente eu mesma... às 09h20 16.11.10.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Amnésia (Chá de esquecimento)


Procura-se, urgentemente!!!
Um chá de esquecimento,
É o que quero, simplesmente...
Chega desse sofrimento!

Esquecer completamente
Cada minuto de amor
Não quero nem sutilmente
Sombra do que se passou

Chá de esquecimento!
É tão somente o que quero
O preço?... Não importa!
Ser livre é o que espero.

Liberdade...
Do amor a maior prova.
Prove ao menos uma vez que me ama
Abandona-me! ... Parta agora.

Vou dormir na esperança
De ver findo este sentimento
De ter apagadas às lembranças
Ter tomado o chá de esquecimento...

Simplesmente Aída...

Em: 19/02/2009 às 20h15.