terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Castelo...

E o meu castelo?
Será que o construí ali na esquina?
Será que o construí nas nuvens de um céu com estrelas?
Será que realmente eu o construí?
Sim. Tenho certeza que sim. Porém, às vezes eu me perco de mim mesma e esqueço o caminho. É necessária uma guerra, uma batalha... e lá vou eu, de volta para o meu castelo.
Ele é feito de coisas simples, mas significativas... Sonhos e realidades, amores e amizades, pessoas e caminhos, músicas e palavras, lugares e perfumes... E pronto! Ele se torna tão belo com suas cores vibrantes!
E ai de quem tentar destruí-lo. Levei anos, uma vida inteira para alicerçar cada tijolo! Levei uma existência para que cada lágrima juntasse um por um dos materiais.
Cá estou eu, de volta para o meu castelo, há mais um tijolo sendo colocado agora! Ele tem nome, mas um nome que jurei não revelar e este nem sabe disso.
Desculpa, eu não disse uma coisa importante... meu castelo ainda está em construção. E então às vezes eu me confundo e quero colocar um tijolo em outro castelo, mas ele não se encaixa. Aí me dou conta de meu “egoísmo-solidário”...
Cá estou eu com uma nova lágrima...ela é tão pequena que nem sei se vai conseguir grudar o tijolo... mas esse tijolo é tão importante! Quão forte agora eu sou com ele!
Queria agradecer a esse tijolo, mas não posso, pois ele já não tem ouvidos para mim.
Cá estou eu, de volta para o meu castelo. Ganhei uma nova flor de brinde e meu jardim eu preciso agora aumentar. Vai ser lindo quando as borboletas chegarem. Será belo, não é?
E mais belo será quando alguém puder compartilhar comigo o cheiro de meu jardim...
E mais belo será quando da sacada, eu vislumbrar uma carruagem, os portões abertos... Será belo poder ter companhia para o meu castelo, pois senão, qual sentido teria para esse castelo? Enfeite? Não. Minha alma não quer um enfeite, ela quer movimento, toque e calor, ela quer o pulsar, o cheiro e o amor...
Seja bem-vindo ao meu humilde castelo, construído com a ajuda de cada coisa de minha pequena existência e habitado por enquanto por simplesmente eu mesma.

Simplesmente eu mesma... às 22h48 Em: 28.12.2010.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Soneto da Alegria



Deveria eu estar triste
Em meu peito uma dor ardente
De desespero e angústia
De lamento somente.

Mas ao contrário disso
Sinto uma enorme alegria
Por saber que acima de tudo
Não vivo de fantasia

Pois sei de seu sentimento
Sei que gostas também de mim
E que vivo em seu pensamento

Sei que a história teve fim
Mas o amor sobrevive ao tempo
E o meu não dará lugar ao sim.

Simplesmente Aída, final de 2005 na descoberta de seu primeiro grande amor.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tentando me consolar....

Sei que é difícil aceitar
Eu também mal compreendo
Mas senão se tem o que quer
Devemos cuidar do que temos.

E o que temos hoje
É apenas passado
Lembranças de terno sonho
Vivido e bem amado

Cuido de minhas memórias
Como se fosse de você
Pois só isso me restará
Se (ou quando) eu chegar a te perder

Mas não vivo do passado
Aprendi a ter-te longe
Seja feliz meu eterno amado
Porém desejo que me encontre

E que finalmente esta espera
Tenha seu fim tão esperado!
Que se acabe este tormento
De dois corações apaixonados.

Simplesmente: Aída
em 09.03.09 as 10h35.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um dia talvez

Um dia talvez eu esqueça tudo.
Quem sabe... quem sabe eu consiga esquecer
De cada palavra, de cada gesto e momento
Principalmente daqueles que me fizeram te perder.

Um dia talvez, eu apenas me lembre
De certo amor que tinha tudo perfeito
Mas que por meu medo e por sua fraqueza
Teve seu final feliz desfeito

Um dia talvez...é, talvez
Você descubra o tamanho do meu amor
E descubra também o que deixou escapar de suas mãos
Descubra o nosso erro e o tamanho da dor que nos causou.

Talvez um dia eu consiga entender
Como pode o meu amigo-amor
Não querer mais nem minha amizade,
Desprezar tudo o que a gente sonhou?

Talvez as músicas percam o sentido
Talvez as noites de chuvas não passem de noites quaisquer
Que os meus planos tão sonhados sejam apagados
Que meu coração aprenda a viver como o mundo quer

Talvez as promessas consigam ser quebradas
Talvez minhas lembranças não me torturem mais
Talvez o meu sorriso esqueça o quanto te era especial
Que eu consiga entender porque o conto de fada sempre se desfaz

Talvez...talvez meu amor
Talvez eu realmente te tire da memória
Forças eu não possuo mais para colocar mais dois pontos
Ao lado do ponto final que colocastes tão friamente em nossa história.


Simplesmente: Aída em 09/05/2008 -17h42.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Confissão


Vou te contar um segredo.
Presta atenção no que digo
Pois para ouvir meu desvelo
Precisas sentir-me contigo.

Chega mais perto e me ouve
Aproxima-te até me tocar
Abra tua alma e escuta
A minh’alma também te falar.

É muito simples o que tenho
A dizer-te sem muita demora
Sei que no fundo já sabes
Mas já te falo agora

Primeiro abraça-me ternamente
E neste encanto me sente
Sente a voz que vem de dentro
Do peito que quer falar livremente

Prepara-te, vou te contar
O que há muito queria dizer-te:
Começou de repente esse amor
Que meu coração por ti sente.

Não desejo a mesma confissão
Só desejava revelar-te
Queria que soubesses de mim mesma
Que pra sempre vou amar-te

Pois eterno sempre é o amor
Que nasce da sutileza
Da entrega sem sofrimento,
Da amizade e da beleza.

Amo-te infinitamente!
Vivo plena de totalidade
E assim eu seguirei amado amigo,
Amando-te por toda eternidade.

Simplesmente eu mesma 19.11.10 às 09h38.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Compreensão


Somente o vento pode me entender
Ele caminha por longos caminhos
Onde minha alma também andarilha
Se perde e se encontra em cada amanhecer

Somente os sonhos podem me entender
Eles viajam além do desejo
Passeiam por flores e espinhos
Por folhas, areias e pedras

Somente as rosas podem me entender
Elas exalam mais do que a si mesmas
Exalam a alma da parte e do todo
Do uno e do particular

Somente os pássaros podem me entender
Cantando a canção do próprio viver
Partilham comida, abrigo e carinho
Partilham comida, abrigo e amor.

Somente você pode me entender
Pois sente minhas dores e angústias
E sorrir das fraquezas do existir
Lembrando que a vida é tudo antes de morrer.

Simplesmente eu mesma... Em:07.07.10 às 00:50

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Epitáfio




E eu fico pensando...
Quando eu também não existir
Não queria que as lágrimas molhassem os rostos daqueles que amo.
Queria simplesmente um sorriso de cada coração que me ama.
Mas assim não é e nunca será...
A perda sempre traz dor.
A perda sempre traz lágrimas
A perda sempre traz medo...
Medo de nunca mais ter aquele abraço terno e apertado,
Aquela risada doce e gostosa
Ou aquele olhar de coragem e apoio.

Também tenho medo
Da perda, da dor e do próprio medo.
Não queria perder mais nada nessa vida...
Mas vejo meus amigos indo embora
E sabe qual é a maior dor?

A da impotência diante dos fatos.
A minha fraqueza diante da vida que tem seus próprios rumos
A minha covardia diante da impunidade
O meu silêncio...tendo no peito um grito agudo.

E eu fico pensando...
Quando eu também não mais existir
Queria somente que minhas lembranças trouxessem paz para aqueles que amo,
Tendo a certeza que a missão foi cumprida
Podendo voltar livremente para os braços Daquele que me enviou.

Simplesmente eu mesma... às 09h20 16.11.10.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Amnésia (Chá de esquecimento)


Procura-se, urgentemente!!!
Um chá de esquecimento,
É o que quero, simplesmente...
Chega desse sofrimento!

Esquecer completamente
Cada minuto de amor
Não quero nem sutilmente
Sombra do que se passou

Chá de esquecimento!
É tão somente o que quero
O preço?... Não importa!
Ser livre é o que espero.

Liberdade...
Do amor a maior prova.
Prove ao menos uma vez que me ama
Abandona-me! ... Parta agora.

Vou dormir na esperança
De ver findo este sentimento
De ter apagadas às lembranças
Ter tomado o chá de esquecimento...

Simplesmente Aída...

Em: 19/02/2009 às 20h15.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Vazio

Na verdade... é a calma que me inquieta.
O silêncio incomoda a alma altiva
Escura inércia amedronta o espírito
Os olhos não vêem o invisível tormento.

Na verdade... o vazio preenche um espaço irreal
Já não serve tudo o que tenho que é o nada
Incompletude ronda o pensamento calado
Reprimido...caminha sem palavras

Como dizer o inimaginável?
Como expressar o impensável?
Como arrancar o que é intrínseco dos seres?
Como? Como? Como?

O Por quê? Este nem chega a existir...
Simplesmente estar aí sem ser percebido
Ou pelo menos sem ser requerido
Somente enfeite para as mentes pretensiosas...



Simplesmente eu Mesma




Em 24.11.2009 às 19h38.

domingo, 27 de junho de 2010

Fim de Tudo


Fim de um sonho
Fim de uma ilusão
Fim de um desejo
Fim de um coração.

Fim de um começo
Fim de uma harmonia
Fim de um meio
Fim de uma alegria

Fim de uma tristeza
Fim de um carinho
Fim de uma idéia
Fim de dois caminhos.

Fim de uma história
Fim de um sentimento
Fim de duas vidas
Fim de um lamento

Fim de duas metades
Fim de apenas um
Fim de uma esperança
Fim de um comum

Fim de tudo
Fim de uma dor
Fim de uma conquista
Fim de um Amor!

Simplesmente eu mesma em sua adolescência... 21.11.2004.

sábado, 5 de junho de 2010

Um poema pra começar



Simplesmente eu mesma...


O ser que não sou, mas sendo
É o que aprendi a ser
Ser que se agregou a mim
Fazendo-me renascer

Este ser não era meu
Por isso falo que não sou
Mas se faz parte de mim,
Que lugar meu ocupou?

No vazio que deixastes
Fez companhia à solidão
Mostrou-me a força interna bruta
Que pode ter um coração

Coração doce e fraterno
Também deve saber lutar
Olhar à frente, ser corajoso
E não deixar-se enganar

Hoje sou o que não fui
E mais aquilo que era
Porque apesar de qualquer dor
Todo ser se regenera

O novo ser que hoje sou
Estou aceitando-o devagar
Ser diferente às vezes assusta
Mas essa é a lida do caminhar

Aprender a ser sempre!
Nunca esquecendo o que somos
Nunca esquecendo o que éramos
De nossos planos risonhos.

Será que filosofei demais?
“Se penso, logo sou”, e se sou logo existo
Este é o ser humano
Um ponto de interrogação infinito

Vou me perguntando sem cessar
Vou cantando entre as estrelas
Vou sendo o ser que aos poucos sou
Sendo simplesmente eu mesma.